terça-feira, 28 de setembro de 2010

Cultura pré-colombiana

Mochicas




Uma dos fatos mais marcantes das culturas pré-colombianas é que praticamente todas, senão todas, realizavam sacrifícios humanos. Recentemente foram descobertos dois túmulos com dezenas de ossadas humanas em uma pirâmide no Peru. Huaca de la Luna como é chamada esta pirâmide, o principal templo mochica, tinha 32 metros de altura. Ela possui um altar no topo de onde eram realizados os sacrifícios e os corpos eram então jogados la de cima.
Os mochicas não possuíam escrita, porem possuíam uma rica iconografia. Nela são pintadas várias tradições de sua cultura como, por exemplo, todo o ritual de sacrifício. Estes começavam com a captura de prisioneiros em batalhas, geralmente travadas no deserto, entre as cidades-estado. Os soldados vencedores batiam com pesados porretes no nariz dos vencidos que então eram despidos e amarrados pelo pescoço para serem conduzidos até a cidade vencedora. Os captores traziam os prisioneiros e desfilavam com eles na praça principal do templo. Ali eram apresentados aos sacerdotes e à imagem de Ai-Apaec, o deus que exigiria o sacrifício e que estava pintada nos muros da grande praça. Os cativos eram então preparados para morte com sementes de coca e alucinógenos. Os prisioneiros eram então levados ao altar da Huaca de la Luna, de onde apenas os lordes e sacerdotes podiam sair vivos. O cativo era degolado pelo sacerdote com uma espátula afiada. Uma sacerdotisa, então, recolhia o sangue em uma taça de cerâmica que era oferecida ao lorde que o bebia. Estima-se que em torno de três humanos eram sacrificados a cada cerimônia.



Maias
A civilização Maia se localizava no que era chamado Peten, como mostra o mapa ao lado. Durante o primeiro milênio de nossa era os Maias ergueram nesse território uma das civilizações mais florescentes da América, e que foi bruscamente abandonada no inicio do século XI.
“Matemáticos de gênio, grandes astrônomos e inventores de uma escrita, ignoravam os metais e utilizaram instrumentos de pedra polida, o que muito se assemelha ao nosso período Neolítico, mas edificaram suntuosas cidades sagradas em pleno coração dessa floresta virgem. Nos seus templos imponentes, colocados no cimo de pirâmides que atingem, por vezes, a altura de cinqüenta metros, desenrolavam-se cerimônias rituais e de iniciação, das quais algumas pedras magnificamente esculpidas nos transmitiram o testemunho.”


A aparência física dessa escrita, em pedras das paredes das maravilhosas construções Maias são como nas fotos a seguir, de degraus da escada do Templo de Cinco Andares em Edzna:




Este templo é uma das várias construções realizadas pelos Maias para sua religião.

Templo de Cinco Andares de Edzna
“Também conhecido como O Palácio, o Templo de Cinco Andares ‘tem a frente para o oeste e é alinhado de forma que dia primeiro de maio e 13 de agosto - quando o sol alcança o seu zênite neste local, o sol poente brilha diretamente em suas salas. Este alinhamento é provavelmente relacionado com as épocas de plantio.’” [11]

“Com olhos ampliados, estas mascaras provavelmente representavam aspectos do deus do sol.” [12]

“Os palácios e templos se misturavam um ao outro através de graduações continuas. Provavelmente um dos principais objetivos do arquiteto Maya era atingir a diferenciação por altura em diferentes níveis vagamente marcando a função para qual cada edifício era dedicado. Ao mesmo tempo ele estava extremamente sensível para os espaços colocados entre as edificações, procurando obter largos e ritmicamente ordenados volumes abertos. Estas áreas abertas com diferenças de nível são uma das fantásticas realizações da arquitetura Maya.”

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